Thursday, May 08, 2025

3.198

 AMICOR 3.198

# Meus AGRADECIMENTOS aos amigos que reagiram à mensagem que coloquei no início da edição anterior AMICOR 3.197

# HABEMUS PAPAM!   Time 8/05/2025

Conclave Picks American Robert Prevost, Who Will Be Pope Leo XIV


“Habemus Papam.” We Have a Pope.

After days of feverish speculation American Cardinal Robert Francis Prevost was announced as the 267th leader of the world’s 1.4 billion Catholics. 

“Annuntio vobis gaudium magnum. Habemus Papam [I announce to you a great joy. We have a pope,” said French Cardinal Dominique Mamberti as he introduced the man who will take over from the beloved Pope Francis, who died on April 21.

“He will take the name Leo the 14th” he said in Latin to rapturous cheers from crowds that had been gathering in St. Peter’s Square since white smoke poured from the chimney above the Sistine Chapel, where the election took place, a little more than an hour before./.../


ZH : Descrito como moderado e construtor de pontes

Nascido nos Estados Unidos, mas com cidadania peruana desde 2015, Robert Prevost é descrito como moderado e construtor de pontes. Nascido em Chicago em 14 de setembro de 1955, é filho de pai com ascendências francesa e italiana e de mãe descendente de espanhóis. Tem dois irmãos......



# Construir Pontes!...

    Chamaram-me atenção as primeiras palavras públicas de Leão XIV na janela do Vaticano: ele disse duas a três vezes que é preciso construir pontes!...Lembrei-me de uma entrevista minha de há 35 anos atrás, cujo tema tenho repetido por aí: (texto acessível no link atrás do título)

Jornal AMRIGS   XXXVII – abril-maio 1990 – pag. 9

TROFÉU AMRIGS

Um médico que queria ser engenheiro e hoje quer construir pontes


# Dia das Mães (Domingo, 11/05/2025)



A Mãe é Imprescindível!... (1998)

Mãe é imprescindível. Sem ela, com pequena contribuição paterna, não conseguimos existir, desenvolver, nascer, nos adaptarmos ao mundo e por fim viver independentemente.

Ao menos por enquanto é assim. Não sei se um dia não será possível o desenvolvimento em meio adequado, dentro de um tubo de ensaio, num laboratório. É possível que nem seja mais necessário um óvulo, e que possamos nascer por pura clonagem...

Mas não é este o enfoque que pretendo explorar neste momento. É o da figura materna, protetora, símbolo de carinho, fonte de afeto e nossa primeira referência.

Parece que a figura do pai serve para nos introduzir no conceito de limites e, por extensão, a descoberta de nossa identidade. Com ele aprendemos a nos reconhecer como indivíduos, independentes das circunstâncias e dos circunstantes.

Dona Luiza foi nossa mãe e com ela tivemos esta feliz experiência.

Se ter uma referência materna é tão bom, imaginem ter três ao mesmo tempo com idades diferentes... Já ouvi comentários sobre ser o último filhinho mimado da casa. Compreendo que possa haver uma pontinha de inveja nisso, mas é só para quem pode, não é para quem quer.

 Lia Maria, que está completando os oitenta, com a Maria Helena, sempre foram a extensão e a continuidade da Dona Luiza. Em época de vacas magras até contribuíram para que eu pudesse seguir meus estudos em Porto Alegre.

Criei-me mal acostumado e procurei ter mais uma em casa, a Valderês, que me deu mais duas: a  Ana e a Lucinha; e meu filho, a sétima que é a Julinha.

Meu pai também já se foi e nos ficamos em minoria: eu, meu filho, Pedro, Antônio e Eduardo, porém cercados de nossos amores....


Cordão Umbilical

 Aloyzio Achutti.

(Em memória de Luiza Cechella Achutti, uma homenagem a todas as mães do mundo)

            *15/02/1911  +05/12/1999


             Em tempos quando a genética parece tudo explicar e, quem sabe resolver, no caminho do genoma humano, quando um dos cromossomas já se encontra totalmente mapeado, e as maravilhas da engenharia genética já se acumulam a cada dia que passa, poderia parecer que o papel da mãe fosse o de uma simples estação de troca, num processo em que tudo já viesse predeterminado.

            Não é bem assim. O pesquisador inglês David J. P. Barker ensina ser o útero mais importante do que os genes, sugerindo que os destinos são traçados no caminho que vai do ventre ao colo materno.

            Sabendo da enorme quantidade de genes disponíveis no momento da geração humana, a maior parte deles jamais  utilizada, pode-se dizer que originalmente nossa chance de sermos todos muito mais parecidos é muito maior, e que a grande diferenciação se faz pela seleção materna, através das circunstâncias nas quais se vive durante o período em que dela se é dependente, de sua nutrição alimentar e afetiva.

             A escolha dos recursos genéticos que devem ser ativados ou preservados depende dela, não através de um processo racional e consciente, mas de códigos modulados pelas suas circunstâncias, comportamento e afetividade. Assim se explicam não somente os dotes de cada um, mas também  fragilidades e também propensões para doenças.

            O pai, em geral entra como contribuinte direto somente na formação do banco genético original, mas depois só indiretamente, na medida de sua influência sobre a mãe.

            As teorias satisfazem na medida em que servem para explicar os fenômenos observados, ou para revelar as etapas ocultas dos processos já em andamento, mas a preocupação agora não se restringe à etiopatogenia da arteriosclerose, da cardiopatia isquêmica, da hipertensão arterial ou da doença cérebro-vascular. Trata-se de pensar na mãe quando se a vai perdendo.

            É como se enquanto presente, ela fosse a grande biblioteca na qual se pudesse a qualquer momento buscar nossas referências, mesmo não o fazendo. Agora queimada, só restam as cinzas da memória. Do período crítico no qual ela exerceu sua função de matriz não se pode ter consciência, mas encontram-se arquétipos e marcas bem definidas na cultura de todos os povos, respeitando a mãe, mesmo que não valorizando adequadamente a mulher.

            Se a mãe está intimamente ligada à vida de cada indivíduo, está também necessariamente ligada à morte, por ser esta a estratégia básica de renovação e manutenção da vida da própria espécie. Quando ela morre fica bem claro que nossas referências pessoais são temporárias e estão definitivamente perdidas, garantindo a biodiversidade. O projeto da vida vai muito além dos limites da vida do indivíduo e só tem sentido quando integrado no grande projeto humano, de cujo início só restam mitos e o futuro se perde no curto horizonte da perspectiva.

              É muito provável que ao perambular pelos frios corredores do mundo científico eu esteja evitando mostrar meu umbigo, sinal de uma ligação tão íntima, determinante de minha identidade e de meu caminho. Da ruptura do cordão umbilical restam apenas laços afetivos, além da cicatriz ridícula e que parece não ter sentido nenhum...



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